De repente... o obliquo
Sempre em mim o nunca
Guardo comigo
uma prece
que nunca
vou professar.
Existe em mim
um apelo
(uma dádiva
talvez)
que se extingue
quando rezo.
Se pudesse tocar
esse sentimento
sua amplitude
não me tocaria;
dunas que se
acumulam
sempre
diferentes;
rima em que
tropeço
antes de se
formar.
Sabe;
esse hiato
que nos conforma
é o último
gole
que trago
de um ser
que evaporou.
E.M.E.
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